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Tempo seco no país: atenção com a saúde das crianças

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A umidade do ar fica abaixo de 20% em 11 estados. Bebês alimentados exclusivamente no peito devem mamar mais vezes ou até mesmo beber água. Veja essa e outras dicas para amenizar o desconforto dos pequenos.

Tempo seco nos próximos dias. Você certamente já ouviu essa notícia. E ela não vai mudar, por enquanto, nas regiões sudeste, centro-oeste, norte e nordeste, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), onde a umidade relativa do ar pode chegar a 20%.
A baixa umidade do ar traz problemas, principalmente para as crianças, que podem apresentar desde aquela tosse chata até irritação nos olhos. Essea são alguns sinais de que o organismo está sentindo o ressecamento do ar.

“Atualmente, uma em cada cinco crianças têm algum tipo de alergia, e, quando o tempo fica seco, as alérgicas, que têm rinite ou asma, por exemplo, são as que mais sofrem com os desconfortos respiratórios”,diz Cid Pinheiro, coordenador de equipe de pediatria do Hospital São Luiz e professor-assistente do departamento de pediatria da Faculdade de Medicina da Santa Casa. Tosse, coceira no nariz (em crianças menores pode até ocorrer casos de sangramento nasal), espirros, garganta seca e falta de ar são as manifestações respiratórias mais comuns. “A mucosa ocular também sofre. Os olhos podem coçar e ficar vermelhos, diz Cid.

Hidratação reforçada para bebês e crianças

Em primeiro lugar, fique atento com a hidratação das crianças. “É fundamental oferecer bastante líquido, em especial para os bebês. Com o tempo quente e seco, as crianças desidratam rápido, o que é muito grave”, diz a pediatra e pneumologista Patrícia Furlan. Se o bebê mama apenas no peito, convém oferecê-lo mais vezes. “Em algumas regiões muito secas, porém, pode ser preciso dar à criança um pouco de água (mineral ou água potável fervida) também nos intervalos entre as mamadas”, completa a pediatra Tânia Shimoda, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ainda assim, o ideal é conversar com o pediatra antes de oferecer outros líquidos às crianças alimentadas exclusivamente com leite materno.

Água, sucos e chás são boas opções. Mas alguns alimentos são também importantes. De acordo com Milton Mizumoto, nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), frutas  ricas em líquidos, como melão e melancia, devem fazer parte do cardápio. Laranjas e outras que têm vitamina C são aliadas para reduzir as crises de rinite, mais frequentes com a baixa umidade. Alguns alimentos, no entanto, devem ficar longe do cardápio de filhos e pais, caso das frituras e industrializados. Abuse dos legumes e verduras no preparo da comida das crianças.

“Colocar soluções fisiológicas no nariz da criança e fazer inalações somente com soro ajudam a aliviar o desconforto respiratório”, diz Cid. Se a irritação for nos olhos, vale pingar algumas gotas de soro e fazer uma limpeza para umidificar o local. Em casa, a higiene do ambiente com pano úmido no chão e nos móveis é fundamental para eliminar o acúmulo de poeira e evitar crises de alergia. Outra dica é deixar baldes de água no quarto das crianças durante a noite, para aumentar a umidade do ar. Atividades ao ar livre também são desaconselhadas entre 11 e 16h, pois além de o sol estar quente, o tempo fica mais seco nesse período.

Hora de procurar o médico

Se a tosse da criança vier acompanhada de febre e falta de ar, é preciso consultar o especialista imediatamente, porque o ressecamento das vias aéreas pode provocar crises de alergia, como asma, por exemplo.

O mesmo procedimento deve ser feito caso os olhos da criança permaneçam irritados por mais de três dias, mesmo depois da higienização com o soro.

*Fonte revista crescer

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